quarta-feira, 13 de julho de 2016

SAIBA MAIS SOBRE MICROCEFALIA

                           Microcefalia


A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, o que prejudica o seu desenvolvimento mental, porque os ossos da cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça e desenvolva suas capacidades normalmente.
A criança com microcefalia, pode precisar de cuidados por toda a vida, mas isso é normalmente confirmado depois do primeiro ano de vida e irá depender muito do quanto o cérebro conseguiu se desenvolver e que partes do cérebro estão mais comprometidas.
                               

Consequências

Ø  Atraso mental;
Ø  Déficit intelectual;
Ø  Paralisia;
Ø  Convulsões;
Ø  Epilepsia;
Ø  Autismo;
Ø  Rigidez dos músculos.

O que pode causar microcefalia


As causas da microcefalia podem incluir doenças genéticas ou infecciosas, exposição a substâncias tóxicas ou desnutrição. Algumas situações que podem provocar microcefalia podem ser:
Ø  Infecções como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose;
Ø  Zika durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre de gestação Consumo de cigarro, álcool ou drogas como cocaína e heroína durante a gravidez;
Ø  Síndrome de Rett;
Ø  Envenenamento por mercúrio ou cobre;
Ø  Meningite;
Ø  Desnutrição;
Ø  HIV materno;
Ø  Doenças metabólicas na mãe como fenilcetonúria;
Ø  Exposição à radiação durante a gestação;
Ø  Uso de medicamentos contra epilepsia, hepatite ou câncer, nos primeiros 3 meses de gravidez.

Diagnóstico da microcefalia


O diagnóstico da microcefalia pode ser feito durante a gestação, com os exames do pré-natal, como o ultrassom por exemplo, e pode ser confirmado logo após o parto através da medição do tamanho da cabeça do bebê. Além disso, exames como tomografia computadorizada ou ressonância magnética cerebral também ajudam a medir a gravidade da microcefalia e quais serão suas possíveis consequências para o desenvolvimento do bebê.

Microcefalia tem cura


A microcefalia não tem cura porque o fator que impede o desenvolvimento cerebral, que é a união precoce dos ossos que forma o crânio, não pode ser retirado. Se esta união precoce dos ossos acontecer ainda durante a gestação, as consequências podem ser mais graves porque o cérebro pouco se desenvolve, mas existem casos em que a união destes ossos ocorre no final da gestação ou após o nascimento, e neste caso a criança pode ter consequências menos graves.

Tratamento para microcefalia


O tratamento da microcefalia não cura a doença, porém ajuda a reduzir as consequências no desenvolvimento mental da criança.
Uma das possibilidade de tratamento é fazer uma cirurgia para separar ligeiramente os ossos do crânio, nos 2 primeiros meses de vida, para evitar a compressão do cérebro que impede seu crescimento. Quando além da microcefalia a criança possui hidrocefalia, que é a presença de líquido dentro do cérebro, também existe a possibilidade de colocar um dreno para controlar esse líquido.
Além disso, pode ser necessário usar medicamentos que ajudam o dia a dia da criança, que atuam diminuindo os espasmos musculares e melhoram a tensão dos músculos. A fisioterapia é indicada e pode ajudar no desenvolvimento físico e mental e por isso quanto mais estímulo dentro da fisioterapia a criança tiver, melhores serão os resultados. Assim, é recomendado fazer o maior número de sessões de fisioterapia por semana.
O médico que acompanha os portadores de microcefalia são o pediatra e o neurologista, mas outros profissionais da saúde também são necessários como psicólogo, dentista, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.
                         


SAIBA MAIS :

Já há confirmação que o aumento de casos de microcefalia no Brasil é causado pelo vírus Zika?

A detecção do genoma do ZIKV realizada pelo Instituto Osvaldo Cruz em líquido amniótico de duas mulheres grávidas de fetos com microcefalia, seguida da detecção do ZIKV pelo IEC em neonato (caso fatal) com microcefalia, proporcionou à ciência o reconhecimento da associação entre ZIKV e os casos de microcefalia, ora observados no Brasil. 
                                                                                
 Qual período da gestação é mais suscetível à ação do vírus?

Pelo relatado dos casos até o momento, a maioria das gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus Zika, principalmente no primeiro trimestre da gravidez. Mas o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período da gestação.

Neste momento, qual é a recomendação do Ministério da Saúde para as gestantes?

Neste momento, o Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho. Independente do destino ou motivo, toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar.
 As vacinas disponíveis no calendário de vacinação podem causar microcefalia?

As vacinas ofertadas pelo PNI são seguras e não há nenhuma evidência na literatura nacional e internacional de que possam causar microcefalia.
O Ministério da Saúde está acompanhando com prioridade as notificações e investigação dos casos de microcefalia, especialmente no Nordeste, discutindo o assunto com os Conselhos de Secretários estaduais e municipais de saúde, reunindo especialistas na área, declarando o fato como Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Tem prestado todos os esclarecimentos à população sobre a situação atual e, junto com as Secretarias de Saúde, vem orientando as gestantes e envidando esforços para que as gestantes e  crianças afetadas tenham toda a atenção em saúde.
Cumpre ainda informar que em relação ‘as vacinas influenza e contra rubéola, citadas nas redes sociais, a vacina inativada influenza pode ser seguramente e efetivamente administrada a partir de 6 meses de idade e durante qualquer trimestre da gestação. Nenhum estudo até o momento tem demonstrado um risco aumentado de complicações maternas ou desfechos fetais adversos (mortes fetais, malformação, etc) associados com a vacinação contra a influenza.

Quais são os repelentes indicados pelo Ministério da Saúde?

Produtos repelentes de uso tópico podem ser utilizados por gestantes desde que estejam devidamente registrados na ANVISA e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo. Estudos conduzidos em humanos durante o segundo e o terceiro trimestre de gestação e em animais durante o primeiro trimestre, indicam que o uso tópico de repelentes a base de n,n-Dietil-meta-toluamida (DEET) por gestantes é seguro. Produtos à base de DEET não devem ser usados em crianças menores de 2 anos. Em crianças entre 2 e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a 3 vezes por dia. Concentrações superiores a 10% são permitidas para maiores de 12 anos.

Haverá vacina?

Consta no Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e suas consequências investimentos para iniciar o desenvolvimento de vacinas contra o vírus Zika. Como o desenvolvimento de novas vacinas requer tempo para pesquisas, é essencial que sejam adotadas as medidas de prevenção e controle do mosquito, pois além do Zika, elas vão evitar outras doenças como a dengue e chikungunya.

ATENÇÃO !!!!
Grávidas não deixem de usar REPELENTES  durante a gestação.
                      




 

 

 



 





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